Dia
25 de Fevereiro
Carta 2
216. Sabia como seu orgulhoso espírito Judeu havia sido ferido
pelos gentios conquistadores, a quem foram obrigados a honrar com cumprimentos
verbais, de mão e de joelho, mas a quem desprezavam por trás das portas
fechadas.
217. Conhecia e compreendia completamente a vida e o pensamento
do povo. Eu já havia pensado seus pensamentos, sentido seus ressentimentos,
sofrido suas ansiedades em tempos de privações e me sentido impotente nas
garras do governo Romano.
218. E agora sabia que nada desse sofrimento era realmente
necessário. Conhecendo, como eu conhecia, a Realidade
da existência,
219. a Realidade do “Deus”
Universal, eu podia claramente perceber a insensatez das autoridades
Judias, que impunham sobre a população uma penosa forma de vida que era
completamente errônea e em total contradição com a Verdade do Ser. Esta situação me causava profunda irritação.
220. Em consequência, sabia que havia sido perfeitamente moldado
e afinado para tornar-me instrumento purificado da Ação Divina na Palestina,
dirigido por minha paixão
pela VERDADE e
compaixão pelo próximo.
221. Por isso eu me chamei “Filho do Homem” – porque sabia
exatamente o que a humanidade enfrentava em sua vida cotidiana.
222. Além disso, eu tinha plena confiança de que poderia
alcançar meu objetivo de levar a Verdade às pessoas e assim ser instrumento de
mudança na qualidade de suas vidas.
223. Por este motivo, ainda que eu soubesse desde o início de
minha missão que haveria um preço a pagar por tudo o que me propus a fazer –
virar de ponta cabeça e pelo avesso o mundo conhecido dos Judeus – estava
preparado para enfrentar e passar por isso.
224. Não poderia escapar,
porque amava as pessoas com o AMOR do “Pai” que fluía do meu coração e ser.
Pois o “Pai” AMOR é a essência do DAR – dando-se Ele mesmo no ser e existência
visíveis, no crescimento, proteção, nutrição, cura e satisfação de todas as necessidades
da criação tornada visível.
225. Eu sabia que era o presente de salvação do “Pai” para as
pessoas, – para o mundo – e, NÃO – como eles supuseram e ensinaram durante
séculos – a salvação do castigo imposto aos “pecadores” por um Deus irado – MAS para salvar as pessoas da repetição
diária dos mesmos enganos do pensamento errôneo,
226. pensamento esse que criou seus
infortúnios, pobreza,
doença e miséria.
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