Dia 21 de Fevereiro

 

Dia 21 de Fevereiro

Carta 2

172. A aglomeração de pessoas tornou-se tão grande que eu logo percebi que precisava achar meus próprios ajudantes em quem eu pudesse confiar para me auxiliar. Já era hora de Zedekias voltar a conduzir o seu negócio de couro, que ele vinha deixando de lado.

173. Fui embora para as montanhas para orar a respeito da escolha dos “discípulos”. Quando veio a mim a convicção de que eu seria guiado para fazer a escolha, retornei a Cafarnaum.

174. Senti um forte impulso para descer pela beira do porto e falar com alguns homens que eu tinha visto escutarem meus ensinamentos com muita atenção.

175. Queria saber se eles deixariam suas redes de pesca para juntarem-se a mim. Quando os chamei, Simão, André, Tiago e João vieram imediatamente, felizes em poder ajudar no meu trabalho de cura e ensinamentos.

176. Outros também se juntaram a mim assim que comecei meu trabalho entre as pessoas. Deixei meu anfitrião, a casa de Zedekias, que me assegurou entusiasmado que eu poderia retornar a qualquer momento.

177. E foi assim que comecei minha missão como mestre e curador peregrino, indo sempre que necessário pelas vilas e aldeias. Antes de partir, reuni os jovens que tinham aceitado com alegria me ajudar. Escutariam meus ensinamentos e ficariam perplexos pelo muito que eu tinha a dizer.

178. Era vital que explicasse a eles primeiro o fundamento de tudo o que havia sido revelado a mim no deserto. Disse que apesar da vida ociosa que eu levava antigamente, sempre havia sentido uma profunda compaixão pelas pessoas.

179. E foi minha compaixão que me afastou desse “Deus” ensinado pelos Rabinos. Quando falei da minha total rejeição de um Jeová punitivo, pude ver a dúvida e o choque em seus rostos.

180. Por um tempo considerável, expliquei que eu questionava como era possível falar de um Deus “bom”, quando crianças inocentes suportavam tanto sofrimento. Enquanto falava, via como seus rostos iam relaxando aos poucos.

181. Continuei dando voz às minhas dúvidas e raivas de antigamente, até que vi suas expressões mudarem para a aceitação e em seguida para a concordância completa. Descobri que havia expressado suas próprias dúvidas e perguntas, as quais nunca antes tinham tido coragem de admitir.

182. Enquanto falávamos, pude sentir seu alívio de que já não estavam mais sós em suas resistências secretas com relação aos ensinamentos dos Rabinos.

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 Meditação em Áudio

 


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