Dia 15 de Janeiro

 

Dia 15 de Janeiro

Carta 1

155. Senti uma grande onda de tremenda energia surgindo em meu corpo. Fiquei literalmente chocado com isso. Ao sair da água cambaleando, senti-me elevado em consciência de um modo extraordinário. Um grande fluxo de brilhante felicidade elevou-me a um estado de êxtase.

156. Estava arrebatado e consciente de uma grande Luz. Tropeçando, me afastei do rio e fui caminhando e caminhando, sem saber onde estava indo. Continuei, e sem me dar conta, entrei no deserto.

157. Por favor, observe! MINHAS SEIS SEMANAS NO DESERTO foram um tempo de total limpeza de minha consciência humana. Velhas atitudes, crenças e preconceitos foram dissolvidos.

158. Chegou o momento de compartilhar com as pessoas receptivas tudo o que eu senti, “vi”, percebi e compreendi. (Para ajudar as pessoas a abandonarem a velha imagem de uma “divindade” bíblica, evitarei me referir a “Deus” por essa palavra e vou usar uma terminologia projetada para ampliar sua mente,

159. para abraçar aquilo que “realmente é” para além de toda forma terrena, cor, som, emoção e compreensão. Esta terminologia se tornará cada vez mais significativa na medida em que você for perseverando na meditação e na oração).

O QUE EU SENTI QUANDO ESTIVE NO DESERTO

160. Fui elevado no interior de uma luz radiante e me senti maravilhosamente vibrante, vivo e com poder. Eu estava cheio de êxtase e alegria e sabia, sem dúvida alguma, que AQUELE PODER era o verdadeiro Criador, do qual todas as coisas criadas haviam recebido o seu ser.

161. Esta gloriosa harmonia interior, paz e sensação de perfeita realização, nada mais precisando ser acrescentado àquele belo momento, era a própria natureza da Realidade – o Poder Criativo – dando Vida à criação e à existência.

O que “vi”, compreendi e percebi quando estive no deserto.

162. Fui elevado dentro de outra dimensão de percepção consciente, que me permitiu ver a VERDADE com relação à vida e à existência. Vi, lúcida e claramente, o que era real e o que era falso no pensamento do homem.

163. Compreendi que aquele “Poder Criativo” que eu estava experimentando era infinito, eterno, universal, que preenchia todo o espaço além do céu, dos oceanos, da Terra e de todas as coisas vivas.

164. Vi que AQUILO era o PODER MENTAL. Era o PODER CRIATIVO da MENTE. Não havia ponto onde não existisse aquele “PODER CRIATIVO da MENTE DIVINA”. Percebi que a mente humana originava-se da DIVINA MENTE CRIATIVA, mas que era somente uma vela iluminada pelo Sol.

165. Às vezes, minha visão humana era tão espiritualmente elevada que eu podia ver através das pedras, da terra e da areia. Estas então pareciam ser simplesmente “minúsculas partículas de brilho cintilante”9.

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