Dia 02 de Outubro
Carta 9
25. Eu também ensinei
as pessoas a se aproximarem do “Pai” diretamente e a orarem de forma simples,
pedindo aquilo que necessitassem para as suas vidas. Assegurei que elas seriam
ouvidas e as suas súplicas respondidas, desde que fossem feitas com fé total,
sem nenhuma dúvida em suas mentes.
26. Você deve compreender que tudo o que ensinei aos Judeus
estava em conflito direto e em oposição ao que os seus Anciãos Religiosos
ensinavam e foi esse o motivo pelo
qual os Sacerdotes me odiaram – e me crucificaram, uma vez que eu estava
roubando os seus exaltados cargos de “guarda-costas pessoais” do “Todo
Poderoso”.
27. Devido ao temor das represálias depois da minha morte, os
discípulos não se libertaram completamente do Antigo Testamento. Assim, muito
do que existe no Antigo Testamento foi passado para a religião “Cristã”.
28. Como alternativa ao sacrifício de animais, o corpo e o
sangue de “Jesus” são oferecidos pelos sacerdotes no altar. Após muitos anos e
de Roma assumir o posto de protetora da religião “Cristã”,
29. assim como os sacerdotes Judeus já haviam feito antes,
também os sacerdotes “Romanos” se vestiram com caríssimas roupas e utilizaram
acessórios de prata e ouro para as cerimônias religiosas.
30. Nos
tempos de Paulo, isso teria sido inconcebível. Ele tinha uma mensagem
simples de “salvação pela minha morte na cruz”, embora não tenha sido a
mensagem que eu trouxe aos meus compatriotas da Palestina. Ele estava
perpetuando uma tradição Judaica de “sacrifício do outro para pagar pelos seus
próprios pecados”.
31. Que vergonhosa covardia! Ainda assim, Paulo realizou um
grande serviço pela humanidade ao dar início a um movimento que seria um meio
de abençoar a todas as raças igualmente. Ele delineou um modo de pensamento e
conduta diária que trazia harmonia às vidas daqueles que procuravam viver de
acordo com os seus ensinamentos.
32. É bem provável que alguns Judeus tradicionalistas,
vociferando outra vez, hostilizem as minhas palavras nesta segunda vinda. Eles
se ressentirão de minha constante referência à antiga prática Judaica de
sacrificar animais e pássaros nos templos para agradar a Deus e obter o perdão
dos pecados.
33. Porém, sejam quais forem as suas objeções, o fato histórico
continua sendo que o Templo era um lugar para oferecer sacrifícios e que o
cheiro era sentido em toda a Jerusalém.
34. E durante todo aquele tempo eu sabia que o edifício do Templo era
dedicado a um mito, uma invenção da imaginação do homem, uma racionalização
daquilo que a mente humana não podia compreender espiritualmente. Eu estava lá! Senti as pedras quentes debaixo de minhas
sandálias e o sol sobre minha cabeça.
35. Eu discuti com os Fariseus, suportei as suas risadas e
piadas com certo divertimento e observei-os enquanto ensinavam de maneira dogmática
uma forma de vida opressiva, de contínua obediência às tradições sem valor
relacionadas a comer e beber, as quais eram totalmente desnecessárias!
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