Dia 2 de Abril


Dia 2 de Abril

Carta 3

204. Foi uma experiência chocante. Era a primeira vez que minhas palavras tinham causado dano a algo. Contudo, mostrou claramente a meus discípulos o poder do PENSAMENTO para o bem ou para o mal. Demonstrou que quanto mais espiritualmente evoluída é uma pessoa, maior é o impacto de suas palavras no meio ambiente.

205. Aproveitei a oportunidade para explicar aos meus discípulos que eu tinha me comportado de maneira irrefletida, como o faz a maioria dos homens e mulheres que, tendo grandes expectativas, não consegue o que quer.

206. Essas pessoas costumam reagir com raiva, lágrimas e até com palavras fortes que podem ou não significar um “desejar mal” ou maldizer a pessoa que tenha negado o que eles desejavam. Eles já tinham visto por eles mesmos o que a minha maldição tinha causado à figueira.

207.  Agora deveriam compreender que tendo uma forte convicção, poderia ser concedido a eles qualquer coisa que pudessem desejar ou imaginar, mas também deveriam estar constantemente conscientes de sua própria condição mental – emocional.

208. Não deveriam guardar rancor dos outros, mas sim perdoar rapidamente – do contrário, poderiam causar muito mal àqueles com quem estivessem ressentidos...

209. E isto seria devolvido a eles no devido tempo, como a colheita do que semearam. E mais ainda, tal como é a semeadura, assim é a colheita. Sabia que o que eu tinha causado à figueira inevitavelmente retornaria para mim de uma ou outra maneira.

210. Então levei os meus discípulos para o Templo. Muitos anos tinham se passado desde que eu tinha estado lá e sabia que minha visita serviria para desencadear os acontecimentos que levariam à minha crucificação.

211. Algumas pessoas me reconheceram e comecei a ensinar em resposta a seus pedidos. Foram se juntando mais pessoas e os agiotas se amontoaram, começando a reclamar. Seus gritos e queixas barulhentos interromperam a linha de meu pensamento enquanto ensinava.

212. De repente, a cólera tomou conta de mim. Havia ali pessoas sérias que me rodeavam e desejavam ouvir palavras de VIDA, as quais em breve não poderia mais pronunciar, e ali estavam mercadores que viviam vendendo animais para os sacrifícios que não beneficiavam ninguém.

213. Aqueles homens somente traziam dúvidas e miséria às pessoas. Senti o sangue subir-me à cabeça, empurrei as mesas espalhando o dinheiro e expulsei do Templo os homens de coração duro. Então houve uma tremenda comoção de gritos e lamentações. Alguns brigavam para apanhar o dinheiro.

214. Os mercadores amaldiçoaram-me chamando-me de malvado, dizendo que eu fazia o trabalho de Belzebu e outros mil demônios mais. Os Sacerdotes, os Fariseus e todas as pessoas que valorizavam os sacrifícios do Templo vieram correndo para averiguar a causa do barulho e da confusão.

********

Nota: Se quiser ler mais clique aqui

Se preferir pdf clique aqui

Se desejar comprar o livro impresso clique  aqui

 Meditação em Áudio


Nenhum comentário:

Postar um comentário