Dia
1º de Abril
Carta 3
193. A dor e as discussões que eu tinha provocado entre meus
discípulos também me afetaram profundamente. Não era tarefa fácil ir a
Jerusalém, onde o meu destino me esperava. Acima de tudo, perguntava-me se
estaria à altura daquele grande desafio para a resistência.
194. Seria capaz de transcender a
condição física e entrar no Pai Consciência Universal e ali ficar até morrer?
Às vezes eu me sentia profundamente assustado diante do calvário, mas não me
atrevia a revelar esse temor a meus discípulos.
195. Assim, comecei minha última viagem em direção a Jerusalém
com grande confusão de sentimentos. Por um lado, estava cansado de curar, falar
e ensinar às pessoas que me escutavam boquiabertas e não tinham nenhuma real
compreensão do que eu tentava dizer.
196. Tinha pensado que meu
conhecimento tornaria as pessoas capazes de sair de sua miséria e, pelo menos,
estabelecer contato com o “Pai” e obter um vislumbre do “Reino dos Céus”.
197. Não havia nenhuma evidência de tal despertar espiritual nem
mesmo entre meus discípulos. Meu desapontamento e sentido de fracasso
trouxeram-me contentamento ao pensar em abandonar a vida terrena rumo à
gloriosa existência que sabia que me esperava depois da morte.
198. Ao mesmo tempo, perguntava-me como poderia suportar a dor
da crucificação. Ao longo de minha missão, meu estado mental era mais ou menos
pacífico e consistente – frequentemente em júbilo, com os pensamentos focados
no “Pai Consciência Amorosa,” autor de todo ser,
199. sabendo que bastava pedir e o que pedisse rapidamente seria
manifestado. Eu seria capaz de manter minha serenidade, quando fosse
apresentado diante do Conselho, levado para a crucificação, pregado na cruz com
meu peso pendurado pelas minhas mãos?
200. Como estava dando lugar a
dúvidas e temores, o nível normal das frequências de minha consciência estava
baixando. Eu estava descendo novamente às frequências da
consciência do plano terreno.
201. Voltei a ser vítima de minha antiga agressividade que me
incitava a atos irracionais, que eu não teria sequer considerado quando estava
em meu estado anterior de total harmonia com o “Pai Consciência Amorosa”.
202. Minhas dúvidas e conflitos se exteriorizavam em minha vida
como emoções e impulsos humanos que eram opostos à Lei Cósmica do Amor.
Primeiro aconteceu o episódio da figueira.
203. Tinha fome e fui em direção à árvore, não esperando
verdadeiramente encontrar frutas porque não era a estação de figos. Ao ver que
a busca era “infrutífera”, amaldiçoei a figueira. Vinte e quatro horas depois,
ela havia murchado até as raízes.
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